10 KM Tribuna FM – 21/05/2017
Participei da 10 KM Tribuna Fm em Santos. Foi minha terceira corrida do ano, sendo a segunda de 10 km. A preparação não foi a necessária e adequada, mas consegui adicionar mais uma corrida na lista de inéditas e que sempre quis correr. Além disso, faz parte das corridas tradicionais que acontecem no Brasil.
PRÉ-PROVA
Como falei no post de sexta-feira, esta ida para participar da Tribuna foi marcada por certezas, dúvidas, incertezas e mais certeza. Acabou dando certo a ida e a participação na prova, mas fui sem treinos adequados. A expectativa não era das melhores quanto ao desempenho. No entanto, ia dar para aproveitar um pouco da viagem e conhecer Santos, cidade na qual nunca tinha ido. Claro que ter o auxílio do amigo Vander Andreazzi na logística e carona ajudou muito a decisão de viajar para São Paulo. Vocês ainda vão ler este nome algumas vezes neste post.
KIT
A retirada de kit aconteceu na quinta, sexta e sábado antes da corrida. Como foi o seu Vágner, pai do Vander, que retirou o kit ainda na quinta-feira, não sei se teve fila, se tinha espaço no local, a Academia Unilus. Não li nenhuma reclamação quanto isso. Acredito que tenha sido tudo dentro do esperado. Eram dois kits, o KIT ATLETA e o KIT PREMIUM. Fui no KIT ATLETA porque era mais barato. Vinha a camiseta prova (bem bom, por sinal), número de peito, chip, uma revista (que era o Guia 10 Km – Manual do Atleta, muito útil para mim que não conhecia nada), uns panfletos e uma sacola. O KIT PREMIUM tinha, além dos itens já citados, braçadeira em neoprene Tri FM e uma camiseta finisher entregue ao término da prova na tenda exclusiva do Pelotão Premium. Este pelotão era limitado a 50 pessoas.
VALOR DA INSCRIÇÃO
Já que falei em valores no tópico de cima, as inscrições abriram em março e fiz logo no começo para garantir. Em anos anteriores, esgotava muito rápido. Este ano, ainda tinha inscrição até o último dia. As inscrições ficaram abertas de 21 de março a 18 de abril. O valor da inscrição foi de R$ 95,00. O Pelotão Premium já era um pouco mais caro e limitado: R$ 340,00.
VIAGEM, RECEPÇÃO E COSTELA
Quando ainda estava decidindo se ia ou não para São Paulo e Santos, um fator que pesou foi aparecer promoção de passagem aérea. Era o que precisava para confirmar. Fui no sábado pelo manhã, chegando quase meio-dia em Congonhas e voltei domingo à noite, depois das 21h. O voo de volta atrasou e me fez chegar em casa uns 40 minutos além do previsto, mas o voo de ida foi muito tranquilo. Cheguei e avisei o Vander que já estava por lá. Deu uns minutos e apareceu ele. Junto, no carro, estavam os seus filhos, Pedro e Lara.
Dali, fomos para a casa do Vander e em seguida para um restaurante chamado Costela e Cia, em São Bernardo. Foi uma ótima recepção e um excelente almoço. Havia fila e tivemos que esperar, mas o legal desse restaurante é que do lado de fora tinha uns banquinhos e era coberto. Além do conforto, havia petiscos e café de graça. Dava muito bem para fazer uma refeição ali. Tudo bem que não seria das mais saudáveis, já que era servido ali mandioca/aipim, polenta, batata frita, bolinhos de batata e de arroz. Alguns deles dava para ver que tomaram um banho de óleo. A gente sentia o cheiro da fritura e as mãos confirmavam.
No entanto, sabemos que essas coisas não saudáveis é que são boas. Comi até demais nessa espera. Poderia ter comida até mais, mas me contive porque o almoço prometia ser dos bons. E foi. Um amplo buffet com trocentos tipos de saladas. Eram diversas opções. Ainda tinha arroz, feijão e uma sopa mais à frente, mas fiquei só na salada e em algumas frituras. Nas mesas, para completar o banquete, os garçons levavam fatias de costela e de frango e iam abastecendo à medida que se consumia. Comi bastante e nem precisaria jantar.
SANTOS
Depois do almoço, fomos para Santos. Fui de carona com o Vander, que foi com a família. Fui de intrometido. Em pouco mais de uma hora de viagem já estávamos na cidade que abriga a corrida da Tribuna. Já estava escurecendo e conheci uma parte da cidade pelo vidro do carro. O Vander me deixou no hotel e voltaria ali na manhã seguinte para irmos até a largada. No hotel, mais uma vez vi que aqueles sites de reservas funcionam. Mesmo chegando para o check-in algumas horas depois do previsto, deu tudo certo. Não era o melhor dos hotéis que já fiquei, mas tinha internet e uma cama. Melhor ainda, ficava a 5 minutos da chegada. Consegui um preço bem legal. O problema todo foi o travesseiro. Mais duro do que pedra. Não foi uma noite fácil, mas faz parte.
Conheci meus aposentos e fui dar uma pequena volta em Santos, ali por perto do hotel. Queria fazer o caminho até a largada e já ver onde tinha restaurantes e shoppings, calcular o tempo que demorava, qual valia mais a pena. Anda para lá, vai para cá e acabei dentro do shopping. Acabou sendo uma melhor opção de comida e de preço. Fui em um restaurante de buffet e comi minhas carnes e saladas. Fiquei com vontade de comer um doce de sobremesa e não achava nenhum lugar que vendesse um mísero brigadeiro. Tinha um no shopping, mas pensei que encontraria outros, coisa que não aconteceu.
Com a ideia na cabeça de um doce, andei mais um pouco nas ruas de Santos, algumas lojas já fechando e a maioria dos bares e restaurantes abertos. O que notei é que a maioria das lanchonetes vendem salgados. Doces é difícil. Na falta de um brigadeiro, parei na sorveteria pela qual tinha passado na ida, no começo das minhas voltas. Foi ali que fiquei, peguei algumas bolas de alguns sabores e enfeitei com… ADIVINHEM… brigadeiros!!! Sim, lembrei que nas sorveterias tem dessas coisas. Coloquei uns 4 por cima e mais leite condensado. Foi um exagero, que não aconteceria se eu tivesse encontrado apenas a unidade de brigadeiro que procurava. Comprei uma água e voltei para o hotel. Tinha que preparar as coisas para a manhã seguinte.
A PROVA – 10 KM TRIBUNA FM
Chegou o dia tão esperado. Largada às 8h15 para correr 10 km. Em 49 dias, foram apenas 4 treinos, nenhum deles com uma corrida contínua maior do que 7 minutos. As dúvidas eram infinitas. Será que o joelho ia aguentar? Qual o ritmo de prova? O sub 1 hora sai fácil ou é complicado? Perguntas que foram sendo respondidas durante a corrida.
Pouco antes das 7h, o Vander passou ali no hotel. Fomos de carona com o pai dele, que nos deixou muito perto da largada. Dali, fomos caminhando e pude verificar que tinha grades ao longo das ruas. Os currais eram bem identificados com as cores e só os atletas de cada pelotão podia entrar ali. Do outro lado, na praça na frente da Catedral de Santos havia os guarda-volumes e concentração de atletas. Também tinha uma faixa apontando o lado que era cada pelotão. Encontramos com o Rodrigo, amigo do Vander, e entramos no nosso curral. Uma coisa que deve-se saber é que a Tribuna larga em um local, ali perto da Catedral e chega em outra, na orla da praia, na Praça da Independência. Por isso, a carona e o hotel próximo da chegada.
Ainda tinha quase 1 hora até dar a largada, mas o tempo até que passou rápido. Ali no curral pude encontrar pessoalmente o Murilo Klein e o Nilson Rodrigo, da V8 Assessoria Esportiva, de Curitiba, que já participaram de alguns episódios do podcast conosco. O tempo foi passando, largaram os cadeirantes, a elite e chegou a nossa vez. A previsão desde sempre indicava temporal durante toda a manhã em Santos. Por aquelas coisas que acontecem de vez em quando nas corridas, nem sinal da chuva. Quando faltavam minutos para a largada, começou a cair uns pingos. Parecia que a chuva anunciada viria com toda força, mas foi só ameaça. Choveu, molhou, mas nada exagerado. Ao longo da prova, foram poucos os momentos com chuva. Como estava abafado, a chuva até não era ruim.
O meu plano era correr o 1º km sem muita pretensão e sentir como o joelho ia reagir. Se não houvesse dor, já seria um bom sinal. Fiz o 1º km em 6:17 e comecei a fazer uns cálculos. O começo é a parte mais cheia e tumultuada, mas a partir do instante em que entramos no túnel fica mais tranquilo de correr. Então, durante praticamente toda a corrida não tive obstáculos para desenvolver minha prova. A parcial do 2º km mostra isso: como estava sem dores, acelerei um pouquinho e saiu um 5:26. Compensei o início acima de 6 e estava no ritmo médio abaixo de 6 min/km. Não me animei muito porque sabia que o fôlego ainda não está em dia. O 3º km seria um bom parâmetro. Talvez ele fosse definir de fato o ritmo médio da prova.
Saiu 5:51 no 3º e 5:45 no 4º km. Na tela do Garmin, deixei o tempo decorrido e o ritmo médio da volta. Vez ou outra, olhava para conferir o ritmo e estava sempre nesse padrão. O 5º km saiu a 5:48 e o 6º a 5:46. Dividi a corrida em partes de 2 km, para em cada par correr abaixo de 12 minutos. Na metade da prova, já tinha ideia de que correr abaixo de 1 hora seria muito provável. Só algo muito anormal mudaria isso. O 7º km fiz em 5:52 e o 8º km em 5:49. Tudo mais ou menos dentro da média. O 3º km realmente foi um balizador, ainda que eu não tenha programado nada disso. O 9º km, já na Avenida da Praia, na reta final, saiu em 5:54. No último quilômetro quis acelerar para terminar bem e consegui um 5:34. Fim de prova! Tempo extraoficial de 58:31, ritmo médio de 5:48 min/km. O Garmin marcou 10,09 km, o que me deixou muito satisfeito. A 10 KM Tribuna é aferida e a distância do GPS a mais era esperada.
Quase não falei do joelho porque ele não me incomodou. Foi uma prova muito tranquila nesse quesito. O que me atrapalhou mais foi a falta de fôlego e uma bolha na sola do pé a partir do 8º km. Acredito que a meia velha, já não tão firme, furada, a chuva e o tênis molhado tenham influenciado. Quando corri em uma parte da rua mais inclinada, o pé mudou a posição, acho que a meia se mexeu e comecei a sentir. Cada pisada era uma dorzinha onde estava a bolha. Foi o que mais incomodou. O joelho fez a função dele. Não foi perfeito porque tenho problema no menisco ali, mas, dentro dessas condições, ele se comportou muito bem. Sem dores que me impedissem de correr. Ainda vou esperar os dias seguintes para saber qual foi o real impacto da corrida no joelho. Nas pernas já senti na segunda-feira, principalmente as panturrilhas. Senti elas duras, parecidas com o travesseiro do hotel. Todo travado, andando errado, reflexos de uma corrida muito mais longa e rápido do que qualquer treino nos últimos quase 50 dias.
A corrida realmente é plana, toda plana. Acredito que poucas cidades sejam tão planas como Santos. É uma oportunidade excelente para fazer o recorde nos 10 km ou pelo menos um bom tempo. No meu caso, sem treinos, não dava para fazer muito mais do que sub 1 hora. Gostei bastante do evento como um todo e pretendo voltar, mas espero que em melhor condição. Outro ponto legal foi o público nas ruas. A chuva até atrapalhou um pouco, mas tinha bastante gente ao longo de todo o percurso. Talvez se fosse um dia de sol tivesse até mais. Na chegada, então, era dos dois lados. Muito legal mesmo. Além das pessoas, teve música com DJ, banda, academias, cross-fit, pessoas na igreja com cartazes. Participação bem efetiva do público, com o adicional desses pontos de música. Não sei se todos foram iniciativas da organização (o DJ e a banda sei que são porque estavam no Guia do Atleta), mas foi bem legal, não deixou o marasmo e o tédio tomarem conta.
Falei em chuva e preciso falar da hidratação. Postos de água a cada 2 km, ou seja, foram 4 ao longo da prova. Penso que pudesse ter mais bandejas dos dois lados, mas não vi problemas com isso. Como eram 10 km, não peguei água em nenhum ponto. Na chegada, tinha água à vontade também e mais à frente, caminhávamos um pouco para entregar o ticket da medalha e retirá-la. Junto com a medalha, vinha uma maçã, uma banana e um suco de caixinha. Tinha também umas tendas de massagem, mas a fila era enorme. Peguei a medalha e fui caminhar um pouco na areia da praia. Tirei umas fotos e voltei para o hotel.
RETONO PARA O HOTEL
Esta volta foi meio sofrida, devido à bolha maldita. Pior ainda é que as grades eram em abundância no fim também. Do km 9,5 até a chegada só tinha grade. Por onde atravessar a rua? Pois é, só a 500 metros da chegada. Meu hotel que era a 5 minutos da chegada ficou 1 km mais longe, 500 metros para ir até onde dava para atravessar e 500 metros para voltar. Você vai dizer que não tem tanto problema em andar mais um pouco. Concordo, mas há um porém! A bolha no pé só piorou desde o 8º km. Cada passo era um sofrimento. Para evitar pisar com a bolha no chão, usava mais o calcanhar e andava todo errado na rua. Até tirei os tênis por alguns instantes e caminhei descalço, mas incomodou igual. Se fosse só o esforço da prova, andar até o hotel seria mais tranquilo.
ENCONTROS DO PODCAST
No fim da corrida, já voltando descalço e sem dignidade para o hotel, fui encontrado pela Família Nery. Conversei um pouco com o Paulo, a Paula e o Thiago e tiramos uma foto. Além da Família Nery, logicamente encontrei o Vander. Desde o início ele se mostrou muito solícito e facilitou muito a minha vida nessa viagem. Tudo isso só foi possível e aconteceu devido ao podcast. Eles são nossos ouvintes e conseguimos construir uma amizade virtual e que, às vezes, acaba indo para o mundo real. O podcast nos trouxe muitas coisas boas e esses encontros são a parte mais legal.
AGRADECIMENTOS
Seria impossível não citar o Vander Andreazzi aqui. Ele me deu carona do aeroporto até a casa dele. Fomos almoçar, depois até Santos, lá em Santos me deu carona para a largada e me convidou para almoçar junto com a família no domingo. Comentário sobre o domingo: se eu soubesse que seria salmão, teria aceitado sem muita frescura haha. Estava muito bom. Depois, voltamos a São Paulo, jogamos ping pong, eu, o Vander e o Pedro, filho dele. Para terminar, ainda me deu carona até o aeroporto domingo à noite. Obrigado, Vander e família.
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