Coluna do Enio – “Que horas tem?”
A pergunta do título do post é a pergunta que mais me fazem quando estou correndo. Tem também o pessoal que pede informações, mas o pedido de “que horas são?” é campeão. Penso que as pessoas que pedem as horas nem imaginam que estou usando um relógio GPS e que a única informação que não tem ali são as horas. É o que menos me importa. Talvez seja possível desativar a função de relógio, mas ainda não sei como.
O relógio, a marcação de horas, é inútil para mim. Aparentemente, não é para as pessoas que passeiam tranquilamente pelas ruas. É muito complicado. Você está correndo, ainda que em ritmo devagar, e alguém do nada, de repente, pede as horas. A pessoa está parada, você correndo. Essa conta não fecha. Porque a pessoa vai te pedir as horas quando te ver passando, é o momento que ela visualiza que você possui um relógio.
“Se ele tem um relógio, deve saber as horas”, deve pensar. Aí que está o problema. Até entender o pedido, processar a informação e tentar ver as horas que não estão aparecendo na tela do relógio, já estou alguns metros adiante, longe da pessoa. Mesmo assim, em um esforço sobre-humano, falo as horas. Se der, mudo as telas e vejo a hora certa. Se não der, faço uma conta rápida somando quando saí de casa com o tempo de treino e chuto um horário.
Tenho a impressão que posso falar qualquer horário que não seja absurdo que vai servir. Afinal, já estou lá na frente. Tento falar alto, mas a pessoa pode nem entender. Desconfio que quando não ouço nem uma tentativa de “obrigado” é porque a informação não foi muito clara e audível. Sei que continuo meu treino bem tranquilo. Nunca vou me acostumar com o fato de ser surpreendido com um pedido de horas no meio da corrida. Não me peçam as horas! Saibam que posso responder, quase sempre respondo, mas é com má vontade.
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