Fazendo comparações
Fazer comparações pode ser temerário. Verdade. No entanto, quando a comparação é comigo mesmo não é tão ruim assim. Comparar com os outros nunca é legal, nem quando você é supostamente muito melhor. Quando é você contra você fica mais fácil. A comparação de hoje vai neste sentido.
Depois que me dei conta que faltam menos de duas semanas para a Meia de Floripa e terei poucos treinos, fui buscar no passado algum suporte para ficar mais confiante que vou conseguir correr legal a prova e fazer pelo menos um tempo parecido com o do ano passado.
Em 2016, também tive problemas de lesão, foi no peito do pé, mas atrapalhou a preparação quando as coisas pareciam que iam melhorar. Os treinos frequentes foram interrompidos a partir do dia 10 de abril. Dali em diante, todas as tentativas de treinos foram doloridas. Fiquei totalmente parado até o retorno. Voltei a correr/trotar sem maiores incômodos no dia 15 de maio. Faltavam 28 dias para a Meia de Floripa, que foi no dia 12 de junho.
Neste período, fiz 15 treinos, mas nada muito rápido nem forte. Os mais longos foram dois com mais de 1 hora, ritmo médio acima de 6 min/km. No dia da corrida, não foi muito fácil sustentar o ritmo nos últimos quilômetros, mas a folga que consegui no início garantiram o sub 2 horas. Terminei em 1:58:55.
Este ano, a rotina de treinos estava legal, as coisas encaixando, parecia que a Meia de Floripa dali dois meses seria uma missão menos complicada. Eis que o joelho com problema no menisco reclamou, inflamou e inchou. Talvez alguns exageros no início do ano tenham causado isso. Então, 2 de abril foi o último dia que treinei, coincidentemente na data do meu aniversário.
Desta vez, porém, não fiquei parado. Já tinha começado o pilates e inseri a bicicleta no dia a dia. Pedalei quase todos os dias, com poucos intervalos de descanso. Este ano também fiz 10 sessões de fisioterapia no tempo sem correr, coisa que não aconteceu em 2016. A primeira tentativa de trote sem maiores problemas foi no dia 8 de maio. A Meia de Floripa este ano é dia 11 de junho. São 34 dias entre o retorno e a corrida.
São mais dias do que no ano passado, mas serão menos treinos de corrida. Por causa do joelho, por enquanto, são dois treinos de corrida por semana. Geralmente quarta e domingo (ou sábado). A bike e o pilates preenchem alguns desses dias sem corrida. Até o momento, foram 6 treinos e estão previstos, a princípio, mais 3. Nenhum deles muito longo, mas, como não são todos contínuos, consigo fazer um ritmo mais rápido.
O treino mais longo deve acontecer no sábado. A previsão é de correr em torno de 1h20, com 15 repetições de 3 minutos, que vão me permitir um ritmo mais rápido (eu acho). O fôlego está mais em dia do que em 2016, mas ainda não sinto o corpo 100% pronto para correr. Talvez os próximos treinos ajudem nisso. As panturrilhas já estão aceitando melhor um tempo maior de corrida.
Acredito que o treino de sábado vai ser um bom balizador do que pode acontecer na Meia de Floripa. A partir dali, poderei especular que ritmo vou conseguir manter na prova. O único objetivo é correr sub 2 horas, mas ainda não sei se isso vai ser possível. Pela experiência correndo, acredito que ser viável, mas tem a variável do mistério de saber como o joelho e a panturrilha vão se comportar.