Fibular
Continuando o assunto de ontem, vamos falar do pé. Como já estava lá na consulta, aproveitei para ver o que poderia ser no meu pé. Falei do pé esquerdo e do pé direito. Falei de tudo que incomodava. Expliquei que mudei o jeito de correr e tal. A primeira conclusão foi a mais óbvia. Exagerei muito depois que parei de correr pisando com o calcanhar e comecei com o médio pé. Com essa mudança, foi como se eu estivesse começando a correr do zero. O objetivo era o médio pé, mas acredito que utilizei muito a ponta do pé e acabou sobrecarregando as outras partes.
Como o pé esquerdo melhorou com repouso, focamos no direito, que não incomoda para viver, mas um pouco para correr. Era uma dor mais perto do dedinho do pé, pelo tendão. Logo que mencionei e mostrei para o médico, surgiu o diagnóstico: tendinite fibular. Nada muito grave, mas estava ali. Ele sugeriu sessões de fisioterapia. Como não ia fazer nada mesmo, só ficar parado em casa, já comecei a fisioterapia ontem. Na consulta, ele também viu que minha fáscia não é muito flexível e meu pé é muito cavo. Soma tudo isso e temos os problemas.
A nova forma de correr mexeu com outros músculos e pernas. Aliviou o joelho e o menisco, mas foi para outras partes. Era como se nunca tivesse corrido e aí foi meu erro. A experiência de corrida de 2008 a 2015 estava ali e me atrapalhou no ritmo. Sabia que deveria voltar devagar e até tentei, mas fui além do necessário, justamente pela influência dessas memórias. Saber dos ritmos que corri até ano passado acabou me atrapalhando.
Já sabia que 2016 ia ser um ano de reaprender a correr, mas não achei que teria que regredir praticamente tudo. Como a principal prova do ano já passou, vou fazer as dez sessões de fisioterapia e ver o que acontece depois. Agora não tenho pressa. Se tiver que ficar o resto do ano sem correr, acho que consigo suportar, embora acredite que não precise ficar seis meses parado. Por enquanto, é fisio e repouso. Essa parte é bem fácil de fazer. Já me adaptei bem a ela.
Esse negocio de ter que correr com o médio pé não pode ser obsessão. Eu entrei nessa furada ano passado juntamente com um tenis minimalista e minha canelite piorou. Hoje tento observar mais a postura do meu tronco e busco elevar um pouco mais o joelho e pousar com o pé mais perto do centro da gravidade. Percebo que corro com o médio pé, mas também uso o calcanhar em várias etapas da corrida. O negocio é correr sem neuras!
É, não pode ficar muito preocupado. Acho que isso é mais no começo do novo jeito de correr.
Talvez você tenha cometido o mesmo erro que eu, fazendo as coisas precipitadas. Pena que a gente só aprende depois de aparecer algum problema. 😀
Antes eu ia no automático com o calcanhar. Hoje é muito difícil pisar com o calcanhar, mesmo que eu queria. Parece muito estranho e errado. Não combina.