Meia Maratona de Pomerode – 29/10/2017
A 10ª edição da Meia Maratona de Pomerode aconteceu no dia 29 de outubro de 2017. Pomerode é a cidade mais alemã do Brasil e fica em Santa Catarina. Fica no Vale do Itajaí, perto de Blumenau, a 170 km de Florianópolis e conta com pouco mais de 32 mil habitantes.
Por ser uma cidade pequena, a rede hoteleira não é das maiores. Nem todos os atletas e pessoas envolvidas com a Meia Maratona de Pomerode conseguem hospedagem na cidade. Por isso, optam também por opções perto de Pomerode, ficando nos hotéis em Blumenau, Indaial, Jaraguá do Sul, Rio dos Cedros e Timbó.
Fiquei em Blumenau, na casa da minha prima Angélica. De Blumenau até Pomerode vai uns 40 minutos. É bem melhor dirigir só 40 minutos do que dirigir 2h30 direto de Florianópolis até Pomerode. É muito recomendável ficar em hóteis ali por perto para quem mora mais longe. É muito complicado acordar de madrugada, dirigir horas, correr e voltar. Cansa demais.
O evento neste ano, edição comemorativa de 10 anos, contava com 3 opções de distância. A meia maratona, atração principal, e os 6 km estavam lá como sempre. A novidade foi uma corrida de trail run de 10 km realizada no sábado à tarde. Foi uma ideia bem legal da Corre Brasil colocar mais essa opção para quem gosta de correr em trilhas e montanhas.
Retirada do kit
A retirada do kit da Meia de Pomerode foi realizada no sábado, dia 28 de outubro, das 10 às 19h no Pavilhão de Eventos da cidade, um lugar amplo, que contava com toda a estrutura da prova, além de expositores de produtos dentro do pavilhão. O kit foi básico, do jeito que gosto. Camiseta da prova, número de peito, chip e um tablete de chocolate, além da Revista da Corre Brasil, edição especial dos 10 anos.
Fui sábado à tarde retirar o kit. Cheguei de Floripa perto das 15h em Blumenau e de lá fomos eu, a Angélica, o Guilherme (esposo) e a Laurinha (filha) para Pomerode. Chegando lá, encontrei o Eduardo e a Ana, já indo embora com kits em mãos, e o Guilherme, a Juliana e a Lya retirando os kits. Foi tudo muito rápido, prático e tranquilo. Dali, fomos para a Torten Paradies, uma confeitaria sensacional que tem na cidade.
Fazendo uma conta rápida, estávamos em 7 na confeitaria, mas eu comi por uns 20. Estava tudo muito bom. No fim do post tem algumas fotos do buffet. Variedade enorme de comida e alguns pratos típicos alemães. Estava bastante movimentado por lá. Encontramos também a Mariana, nossa treinadora, que foi junto com alguns alunos da Equipe TIME. Conversamos um pouco e comemos muito (no meu caso) e fomos embora.
Antes de ir voltar para Blumenau, demos uma passada rápida na Loja de Fábrica da Nugali Chocolates. Eu não sabia, mas a fábrica dessa marca de chocolates é em Pomerode. Nessa loja, vários tipos de chocolate estavam à venda. O grande movimento deixou a loja cheia, o que me impediu de comprar alguma coisa. Só dei uma olhada por cima para conhecer o ambiente.
Para fechar os comentários de sábado, quando chegamos para retirar o kit estava acontecendo a largada dos 10 km trail run. Diferente dos 21 km e 6 km, a de 10 km largava ali no Pavilhão mesmo. A largada foi às 16h. A chegada também foi por ali. Conseguimos ainda ver uma parte do pessoal correndo pelas ruas da cidade antes deles pegarem o mato e um baita morro para subir.
Dia de correr
Tentei dormir algumas horas no sábado para que o domingo não fosse tão sonolento. A viagem de Floripa para Blumenau, além da ida e volta a Pomerode, dá uma cansada. Acordei às 5h do domingo para as rotinas matinais e para não ter risco de atrasar. Estava inscrito nos 6 km, assim como a Angélica. Programamos para sair umas 6h. Assim, chegamos antes das 7h, horário da largada dos 21 km.
O 21 km e 6 km largaram na praça da cidade, sendo a meia maratona às 7h e os 6 km às 7h15. O clima estava perfeito para correr. No sábado estava muito quente, mais de 30ºC. Se mantivesse perto disso para o domingo, seria bem sofrido correr. Felizmente, estava um tempo nublado, 16ºC e um ar gelado. A previsão durante a semana indicava chuva, talvez. Ainda bem que ela não veio.
O percurso dos 21 km é praticamente todo no asfalto da rodovia SC-421. Muito tranquilo de correr. Tem ondulações típicas das rodovias, um falso plano, mas nada que atrapalhe quem está correndo. É um bom percurso para tentar fazer um bom tempo. Geralmente, Pomerode nessa época é quente e abafada, mas no dia da corrida não poderia haver condição melhor. Outro atrativo dos 21 km é o chopp no km 19, onde alguns corredores fazem uma parada estratégica.
Minha corrida
O percurso dos 6 km largava no sentido oposto da meia. Passava pelas ruas da cidade, com bastante paralelepípedos, mais complicado para correr. Além disso, havia duas subidas. Uma logo depois do km 1 e outra lá para o km 2,5. A primeira era mais inclinada e a segunda mais extensa. Só a partir do final do 2º km apareceu o asfalto.
Correr nos paralelepídeos deu uma judiada no meu joelho já não muito bom. Fiquei bem contente quando só tinha asfalto e tudo plano para acelerar. Como o Guilherme ficou com a missão da cobertura da Meia Maratona de Pomerode, pude correr os 6 km para fazer tempo. O objetivo inicial era fazer sub 30, menos de 5 min/km. Como tinha muita gente, a rua ficou pequena. Sofri para correr o 1º km. Não rendeu. Foi bem truncado. Passei várias pessoas e fiquei preso atrás de tantas outras. Os paralelepípedos também não ajudavam.
O 1º km ficou em 5:34 e não dava para fazer melhor. Quando achei que ia melhorar no 2º km, veio a primeira subida. O detalhe é que era também em paralelepípedo. Deu uma quebrada no ritmo que já não vinha tão bom. A parte boa é que se sobe tem que descer. E a descida já era em asfalto. Tentei recuperar mas o km 2 ainda ficou acima do objetivo, em 5:05.
No meio do 2º km, mais uma subida, dessa vez mais extensa e em asfalto. Como estava devendo alguns segundos, tentei manter o ritmo mais rápido, na sensação de esforço. A descida extensa favoreceu e saiu o primeiro sub 5 min/km da corrida. Fiz 4:50 no 3º km. A partir dali ficou mais fácil de correr. Só asfalto, rodovia, mais espaço e sem subidas, só aquelas inclinações leves que não atrapalham.
Meu desempenho começou a ficar mais próximo do que eu esperava. Fiz o km 4 a 4:38 e o km 5 a 4:43. Nada mal. Estava correndo bem, forte, mas não estava morrendo. Era um desconforto suportável. O último quilômetro também saiu legal. Também deu 4:38. Nesse, já senti uma gastura maior, mais cansaço. Talvez porque o percurso do 6 km vai até a praça e faz um retorno para ir em direção à chegada.
A chegada é no Pavilhão de Eventos e tem seus metros finais em uma pequena subidinha de paralelepípedos (olha eles de novo aí!). Vocês podem ver no vídeo da cobertura Meia Maratona de Pomerode que está no fim do post. Se a pessoa precisa de alguns segundos, dificilmente é dali que vai conseguir tirar. Um staff até falou VAI PELA CALÇADA QUE É MAIS FÁCIL! Neste momento, lembrei do PFC 219, como Ademir Paulino, e dos quenianos que treinam na dificuldade e gostam disso.
Com isso em mente, pensei comigo que VAMOS NA DIFICULDADE. Tentei acelerar o máximo que deu nessa subida nos paralelepípedos mesmo. Fiquei de olho no relógio e vi que o sub 30 ia sair. A metade final da corrida meu deu uma gordurinha de alguns segundos. Só não sabia se os 6 km teriam mesmo 6 km. Pelos registros dos anos anteriores, sempre tinha um pouco menos. O meu Garmin fechou com exatos 6,00 km. Ou seja, deve ter menos de 6.
Felizmente, o meu GPS marcou exato. Não é o ideal, mas pelo menos fica bonitinho no registro depois. Quando marca a menos dói ainda mais. De acordo com outros relógios que procurei para fazer minha amostra pessoal, a maioria deu menos que 6 km. Era algo que já esperava. Talvez se fizessem algum dos retornos um pouco mais para frente daria certo.
Tem também o fato de que é corrida de rua, mas o pessoal vai pelas calçadas na curva. Isso corta um pouco os metros.No meu caso, tentei ficar o tempo todo pela rua. Desse modo, mesmo curvas, fazia atté o caminho um pouquinho maior. Por outro lado, pegava menos transito. Talvez por isso meu gps marcou 6,00 km. De todo modo, acredito que com pequenos ajusteis a distância poderia ficar correta.
Terminei a corrida com 29:28 no meu relógio e tempo oficial de 29:26, dentro do objetivo. Olhei depois no site do Garmin e foram 3 km em 15:29 e 3 km em 13:59. Percebe-se facilmente a diferença do início com congestionamento, subidas e sem aquecimento para uma metade final plana, no asfalto e mais aquecido. Pelos 3 km finais, sinto que poderia ter ido melhor, mas o começo prejudicou o resto. Mesmo assim, gostei do resultado. Foi mais uma corrida com média abaixo de 5 min/km.
O bom de fazer 6 km é que acaba antes, chega antes de quase todo mundo e pode aproveitar melhor as coisas. No meu caso, só peguei água, mas poderia ter pegado isotônico, frutas, chopp, massagem e outras coisas ali disponíveis. Além disso, pude descansar um pouco e ainda acompanhar a chegada da minha prima, que fez um tempo bem melhor do que o esperado nos 6 km. Depois, fiquei vendo os amigos chegarem e tirando fotos. Aos poucos, foram chegando: Jabson, Murilo da V8 Assessoria Esportiva, Eduardo, Sabine Weiler, Guilherme e Ana.
Nos 6 km tinha hidratação suficiente. Como não tomo água, acabei não prestando atenção se eram 2 ou 3 postos. Talvez tenham sido 2. Na chegada do pós-prova, estava tudo em grandes quantidades. Quando fui embora, já tinha todo mundo chegado e ainda tinha bastante fruta e hidratação sobrando, um espetáculo de organização. Fiquei um pouco com os amigos, tiramos fotos, conversamos, fiz os vídeos finais para a cobertura e era hora de voltar a Blumenau. Lá almocei, descansei um pouco e voltei para Florianópolis. Mais um ótimo fim de semana correndo, se divertindo e não sentindo dores. Assim que é bom.
Meia Maratona de Pomerode
De acordo com o número de concluintes, foi a maior edição da Meia Maratona de Pomerode. Foram mais de 2100 corredores nas três distâncias, sendo que nos 21 km e nos 6 km o número aumentou em relação ao ano passado, o que comprova o sucesso da corrida, que cada vez mais atrai corredores de várias regiões e estados. A estrutura no Pavilhão de Eventos era de primeira qualidade, com banheiros, guarda-volumes e tendas, estava tudo bem espaçado. Na praça, tinha uma bandinha alemã e o centro turístico aberto, com acesso aos banheiros. Tudo muito fácil e prático. Tinha também banda durante o percurso dos 21 km.
Pomerode é uma cidade pequena e muito legal. Meu palpite é que em um fim de semana, talvez dois dias, você consegue ver tudo o que a cidade oferece e fica com vontade de voltar sempre. Além da Torten Paradies e do Pavilhão de Eventos, tem a Loja da Nugali, o zoológico de Pomerode e a Vila Encantada (parque com diversas atrações infantis, incluindo dinossauros, piratas, espaço da aventura e vila interativa). É uma cidade acolhedora e que recebe a Meia Maratona de Pomerode, uma corrida sensacional, com organização impecável da Corre Brasil. Estava tudo perfeito. Melhorou muito da última vez que estive lá. E manteve o nível alto das corridas que fui este ano.
O sinal do celular
Uma coisa bem estranha aconteceu no domingo. Chegamos cedo e nada de sinal de celular e internet. Foi curioso porque sábado estava tudo funcionando perfeitamente, com 4G inclusive. No domingo, por alguma razão, não tinha nada. Ficamos algumas horas sem sinal quando, de repente, sem maiores explicações, o sinal voltou, ali pelas 8h30. Meu palpite é que muita gente reunida pode ter feito o sinal sumir. Parecido com o que acontece com estádios e shows lotados. Não sei se foi isso, mas foi estranho. Felizmente, o sinal voltou e consegui atualizar as redes sociais do Por Falar em Corrida em tempo real.
Cobertura Meia Maratona de Pomerode
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Registro do Garmin dos 6 km na Meia Maratona de Pomerode
Fotos Meia Maratona de Pomerode