Meia Maratona de Santiago – 08/04/2018
Chegou o dia da meia maratona. Enfim, um ciclo meio irregular de treinamentos terminaria. O objetivo do primeiro trimestre, talvez do semestre. A Meia Maratona de Santiago era uma realidade. Eu e a Andressa viajamos na sexta pela manhã para a capital chilena. Saímos de São Paulo com escala no Paraguai e de lá para Santiago. Inclusive, fizemos a vacinação da febre amarela porque pedia para entrar no Paraguai, mas acabaram nem olhando isso lá. Talvez por ser escala.
Chegamos no início da tarde em Santiago. Como fizemos meio sem planejamento, pegamos uma daquelas vans de transporte que vai parando de lugar em lugar. Primeiro, fomos ao hotel e depois procurar algum lugar para comer. Pegamos um hotel no centro da cidade, próximo da avenida onde a maratona e a meia largariam. Quase 1 km de distância.
Fomos já na sexta pegar o kit que também era ali perto. O local de retirada foi no Centro Cultural Estación Mapocho, a cerca de 2 km do hotel. Ficamos no centro, sem tantas opções de passeio, mas perto de tudo que precisava para a corrida. Facilitou nossa vida para ir a pé retirar o kit e também para ir para a largada no domingo.
Lá na expo tinha muita coisa, muitos produtos e muitas opções. Estava bem organizada e com vários espaços. Alguns produtos estavam com preços bons, outros nem tanto. Fazendo a conversão, tinha coisa que valia a pena. Numa dessas de converter acabei comprando um Garmin 235. O preço foi mais barato que no Brasil, mas não muito. Aproveitei o momento de insensatez e adquiri o relógio. O valor total até foi bom, mesmo com o IOF, mas infelizmente não deu para parcelar. Mesmo assim, apesar de debitar uma vez só no cartão, valeu a pena. É um ótimo relógio.
No sábado, fomos a pé e corremos no Parque Forestal que estava a 1,5 km do hotel. Conhecemos um pouquinho do parque e corremos por lá. De manhã era um frio leve e esquentava ao longo do dia. Depois, fomos no mercado comprar algo e combinamos com a Ana, amiga da Andressa, e o namorado de jantarmos em um restaurante que servia massas para elas fazerem o carbload, já que fariam a maratona no dia seguinte.
Acordamos nem tão cedo no domingo porque a largada era mais tarde. Uma coisa legal de Santiago é que a maratona largava às 8h, um horário com o qual não estamos muito acostumados no Brasil. No entanto, na capital chilena amanhã mais tarde. Já era depois das 7 da manhã e ainda estava escuro. O problema de largar mais tarde é que quando fica claro e o sol sai fica bem quente depois das 10, 11 horas. A largada da meia foi às 9h, já com dia claro e o sol anunciando que ia estar presente.
Na meia maratona, meu objetivo era buscar um ritmo perto do último longão na semana anterior, em torno de 5:24 min/km. O percurso era levemente em descida até o 5º km, uma subida constante do 5 ao 16, mas não muito perceptível durante a prova, e descia do 16 até o fim. Consegui manter um bom ritmo no início, muito por causa da descida, imagino eu. Quando começou a subir, o ritmo aumentou. Durante a corrida não me dei conta que poderia estar relacionado com a altimetria.
Mesmo assim, já em posse do Garmin novo, tinha na tela o ritmo médio geral e tentava manter o ritmo da volta sem cair muito para não influenciar no geral. Os km 12, 15 e 16 foram os piores. Onde parei para beber água e caminhar um pouco. O 16º km, aliás, foi o único acima de 6 min/km, ficou em 6:17. Porém, depois dele, decidi que ia fazer força nos 5 km finais. Nem lembrava que poderia descer, só pensava que tinha que fazer valer a pena, fazer força, não ficar de frescura.
Fui aumentando o ritmo e fechei os últimos 5 km em 24:44, ritmo médio de 4:57 min/km. Ainda, os metrinhos finais foram em 4:28. Finalizei a meia com 1:52:46 no Garmin. No tempo oficial deu 1:52:41, ritmo médio de 5:19 min/km. Resultado excelente. Sem dor na canela, sem dor no joelho, apenas cansaço normal. No começo da prova, ainda esquentando, senti um pouco as pernas, mas depois fluiu sem problemas.
Estava um pouco quente por causa do sol, mas na meia não tive grandes problemas. Senti falta de mais postos de hidratação. Eram poucas mesas e de um lado só. A organização poderia melhorar essa parte para facilitar a vida dos atletas. Eu já estava meio na preguiça e talvez parasse igual nesses pontos, mas não ter muita opção me fez escolher não perder mais um posto de hidratação porque queria continuar correndo.
O primeiro posto, aos 5 km, deixei passar porque estou acostumado a ficar sem água. Não senti tanto o que falam de Santiago que é seco e tudo mais. Sinto que poderia ter pegado mais pelo calor para jogar no corpo e molhar a boca. Enfim, depois que perdi esse decidi que pegaria em todos os outros, mesmo que fossem poucos e tivesse que andar.
Foi uma viagem legal, sem muito planejamento, mais para correr mesmo do que para curtir as terras chilenas. A Andressa teve problemas na maratona, não conseguiu correr o tempo todo, teve cãibras e não alcançou o resultado desejado. Mesmo assim, valeu fazer uma viagem para o exterior. Retornamos segunda à noite para São Paulo e finalizamos a viagem.
Link do Garmin: https://connect.garmin.com/modern/activity/2610136243